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Depoimento de Francis Hime é marcado pelo bom humor
22 de maio de 2013
O Depoimento Para a Posteridade do cantor, compositor e pianista Francis Hime, que aconteceu do dia 22 de maio no MIS / Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, foi marcado pelo bom humor e pela descontração do depoente. A mesa coordenada pela presidente do MIS Rosa Maria Araújo, contou ainda com as presenças dos jornalistas Arthur Dapieve e Maria Lúcia Rangel, do produtor e diretor teatral Flavio Marinho e do poeta e escritor Geraldo Carneiro.
Infância
Francis lembrou de sua infância, já marcada pelos estudos de piano e o ingresso no Conservatório Brasileiro de Música. Aos 16, ele foi para Lausanne, na Suíça, onde disse ter tido pela primeira vez a sensação de ser um músico. De entender melhor o universo musical que o cercava.
Na volta ao Brasil, no início dos anos 60, Hime se formou na Faculdade Nacional de Engenharia enquanto firmava suas primeiras parcerias com Vinícius de Moraes como Sem mais adeus, Anoiteceu e Tereza sabe sambar, e Ruy Guerra, como Último canto e Por um amor maior.
A partir daí passou a ser requisitado para fazer trilhas para teatro e arranjos para shows como “Pois é” que reuniu Vinícius, Gilberto Gil e Maria Bethânia, no Teatro Opinião, em 1966. Como compositor também teve participação marcante em festivais como o da “Música Popular Brasileira”, da TV Excelsior, quando teve a sua Por um amor maior interpretada por Elis Regina. Já “Maria” foi interpretada por Wilson Simonal no I Festival Internacional da Canção, da TV Rio.
De 1969 a 1973, formação musical nos Estados Unidos
“Eu já fazia arranjos, mas neste período é que e fiz uma imersão no estudo de orquestração, regência e composição”, lembrou. Na volta ao Brasil ele começa a sua rica parceria com Chico Buarque. E contou uma curiosa história de Atrás da porta, que faria grande sucesso na voz de Elis.
“A gente estava em uma reunião de amigos e mostrei a música. O Chico então pediu para eu tocar de novo e começou a fazer um esboço da letra. Conclusão: toquei a música umas 40 vezes até a letra ficar pronta. E as pessoas reclamavam, pediam para tocar outras coisas”.
Casamento com Olivia
Francis também falou de seu casamento com Olivia, em 1969 e que virou parceria musical em 2011 quando lançaram Almamúsica, lembrou sua discografia, suas trilhas para cinema e de seus trabalhos sinfônicos.